Na Antiga Grécia, bem antes da
vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a
cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a
viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas
como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com
vida.
Em 1540, o aventureiro hispânico
Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola, participou de uma jornada
exploratória na América do Sul, atravessando, portanto, o extenso e misterioso
rio que cruzava uma das mais temidas florestas.
Segundo A Lenda das Amazonas, ele teria
avistado, no pretenso reino das Pedras Verdes, mulheres semelhantes às acima
descritas, conhecidas pelos indígenas como Icamiabas, expressão que tinha o
sentido de ‘mulheres sem marido’.
Contam os índios que estas
guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram bem altas, brancas,
cabelos compridos dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça – descrição
feita pelo Frei Gaspar de Carnival, também escrivão da frota.
O confronto entre os espanhóis e as
Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio
Nhamundá – localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram
surpreendidos pelo ataque de inúmeras e belas combatentes desnudas, conduzindo
tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram assim prontamente
derrotados pelas mulheres, pondo-se rapidamente em fuga.
No caminho os espanhóis encontraram
um indígena, que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o relato do
nativo, havia pelo menos setenta tribos de Icamiabas só naquele território.
Suas aldeias eram edificadas com pedras, conectadas aos povoados por caminhos
que elas cercavam de ponta a ponta, cobrando uma espécie de pedágio dos que
atravessavam estas estradas. Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem
contato com o sexo masculino.
Quando, porém, chegava o período de
reprodução, as Amazonas capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao
engravidar, sinalizavam seus parceiros e, se nascia um curumim ou menino, elas
entregavam a criança aos pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e
presenteavam o genitor com um talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar
ao sapo utilizado nos rituais lunares.
Ao ouvirem esta narrativa, os
espanhóis, cientes da existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos,
confundem ambas e batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar
Dulce, de Rio de Las Amazonas.
Certamente os espanhóis, ao se
depararem com selvagens guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter
encontrado finalmente as tão famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram
e permaneceram os nomes do Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que
abriga o idílico cenário desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se
desenrolado em terras brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros
países, talvez pela associação com narrativas que envolvem ícones adornados com
ouro e prata, o que certamente despertava a cobiça dos europeus.
Na Antiga Grécia, bem antes da
vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a
cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a
viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram
conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam
fugir com vida.
Em 1540, o aventureiro hispânico
Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola, participou de uma jornada
exploratória na América do Sul, atravessando, portanto, o extenso e misterioso
rio que cruzava uma das mais temidas florestas. Segundo A Lenda das Amazonas,
ele teria avistado, no pretenso reino das Pedras Verdes, mulheres semelhantes
às acima descritas, conhecidas pelos indígenas como Icamiabas, expressão que
tinha o sentido de ‘mulheres sem marido’.
Contam os índios que estas
guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram bem altas, brancas,
cabelos compridos dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça – descrição
feita pelo Frei Gaspar de Carnival, também escrivão da frota.
O confronto entre os espanhóis e as
Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio
Nhamundá – localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram
surpreendidos pelo ataque de inúmeras e belas combatentes desnudas, conduzindo
tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram assim prontamente
derrotados pelas mulheres, pondo-se rapidamente em fuga.
No caminho os espanhóis encontraram um indígena, que lhes
contou a história das guerreiras. Segundo o relato do nativo, havia pelo menos
setenta tribos de Icamiabas só naquele território. Suas aldeias eram edificadas
com pedras, conectadas aos povoados por caminhos que elas cercavam de ponta a
ponta, cobrando uma espécie de pedágio dos que atravessavam estas estradas.
Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem contato com o sexo masculino.
Quando, porém, chegava o período de reprodução, as Amazonas
capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao engravidar, sinalizavam seus
parceiros e, se nascia um curumim ou menino, elas entregavam a criança aos
pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e presenteavam o genitor com um
talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar ao sapo utilizado nos rituais
lunares.
Ao ouvirem esta narrativa, os espanhóis, cientes da
existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos, confundem ambas e
batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar Dulce, de Rio de
Las Amazonas.
Certamente os espanhóis, ao se depararem com selvagens
guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter encontrado finalmente as tão
famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram e permaneceram os nomes do
Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que abriga o idílico cenário
desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se desenrolado em terras
brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros países, talvez pela
associação com narrativas que envolvem ícones adornados com ouro e prata, o que
certamente despertava a cobiça dos europe que crer que as Amazonas também existiram na Europa e Asia , veja abaixo um bom exemplo concreto disso.
Ossada de mulher guerreira encontrada no sul da Rússia, com ornamentos e artefatos bélicos...
Ossada de mulher guerreira encontrada no sul da Rússia, com ornamentos e artefatos bélicos...
Amazonas na Ásia:
As Amazonas clássicas
O historiador grego Homero foi o primeiro a registrar na
história a existência de uma tribo de mulheres cujas habilidades como
guerreiras eram tão grandes, ou maiores, quanto à dos homens que frequentemente
entravam árduos em combate com elas; estas vorazes guerreiras foram chamadas
por ele de Antianeirai – aquelas que acompanham os homens na guerra. O mesmo
fato foi posteriormente registrado por outro grego, Heródoto, que chamou estas guerreiras
de Androktones – aquelas que matam os homens.
Em muitos murais e em antigas peças de cerâmica vindas da
península Ática são retratadas cenas de combates dos povos desta região com uma
valente raça de mulheres guerreiras, que normalmente são representadas
combatendo os homens de forma árdua e direta. A mais conhecida destas imagens
foi achada no Parthenon – templo que foi construído em honra à deusa Athena,
que além de ser a divindade da guerra, também é da sabedoria, estratégia,
razão, etc.
Nesta imagem, reproduzida no escudo da estátua da deusa, é
representada a cena de um violento combate entre os gregos e estas guerreiras.
Este tipo de arte que retratava as guerras entre os gregos e as guerreiras
amazonas foi nomeado de Amazonomachy – a batalha das amazonas.
Heródoto reconheceu esta tribo de mulheres que batalhavam
com os homens como sendo habilidosas e valentes guerreiras, e, em seus
registros, narrou que nem sempre os exércitos vindos da Grécia saíam vitoriosos
do combate contra esta raça de mulheres.
Exemplos de Amazonomachy. A primeira é o escudo de Athena,
e, ao lado está uma imagem que mostra as amazonas combatendo em sua montaria.
De acordo com registros dos historiadores citados, juntamente com outras
fontes, as amazonas eram exímias cavaleiras, e quando seus cavalos morriam em
combate, estas faziam cerimônias de cremação para eles.
Na epopéia de Tesseu – presente no conto referente aos doze
trabalhos de Hércules –, as guerreiras amazonas são novamente citadas,
principalmente sua rainha Hipólita, como sendo grandes guerreiras, que
proporcionaram combates extremamente violentos ao exército deste herói, e, além
disso, eram capazes de lutar de forma igualitária com qualquer um de seus
guerreiros.
Outros antigos relatos citam que as valentes guerreiras
certa vez tentaram invadir a península Ática, mas não foram capazes de vencer
os combates, sendo derrotadas pelos exércitos desta região; o que talvez tenha
acarretado na decadência de seu povo e de sua cultura. Sendo elas grandes
adoradoras de Artemis, a deusa virgem da caça, e do deus Ares, da guerra em sua
forma mais brutal; alguns relatos também contam que estas amazonas eram
descendentes diretas do próprio deus Ares.
Acima: Nos registros posteriores aos dos gregos, vindos dos
romanos, ainda se encontram referências a estas guerreiras combatendo
brutalmente contra os legionários romanos.
Uma nova visão da história
Durante muito tempo acreditou-se que estas histórias de
valentes guerreiras amazonas não passassem de uma antiga lenda proveniente dos
gregos, até que a arqueóloga americana Jeannine Davis-Kimball, que durante
muito tempo estudou detalhadamente a saga completa destas guerreiras, seguindo
os registros deixados por Heródoto. Um destes registros relata o fato de que no
século 5 a.C., os gregos derrotaram estas guerreiras na batalha de Thermodon, e
que após este feito, elas foram escravizadas pelos vencedores.
Mas durante a
viagem de navio, de regresso à Grécia, local onde seriam vendidas como escravas
comuns, as guerreiras tomaram o controle da embarcação e, após isso, mataram
todos os marinheiros que as tinham mantido cativas. Mas logo após este feito,
uma grande tempestade as surpreendeu dentro de sua embarcação, e elas foram
parar em uma praia, onde encontraram o povo de Scyths, com quem estabeleceram
uma paz duradoura, que, como resultado, fez com que algumas destas guerreiras
se unissem aos homens desta tribo.
Heródoto relatou que este povo finalmente se
refugiou em um lugar desconhecido para os povos Gregos, e assim, para todo o
mundo; pensamento que permaneceu ativo até que Jeannine descobriu a localização
do local de repouso destas guerreiras, que se situava ao sul da Rússia, próximo
à fronteira com o Cazaquistão.
Utilizando as pistas deixadas por Heródoto, a americana
chegou a um local chamado de Pokrovka, onde junto com uma equipe de
arqueólogos, começaram a procurar no solo indícios arqueológicos destas
guerreiras da antiguidade.
Neste local, a arqueóloga deparou-se com várias tumbas
subterrâneas com formatos circulares, sendo todas perfeitamente ordenadas, e
que juntas somavam um total de mais de cem túmulos. As escavações duraram por
mais de quatro anos, e a equipe de Jeannine, juntamente com a Academia de Russa
de Ciências, neste período fizeram grandes descobertas de valor inestimável.
Acima: O padrão das tumbas encontradas, juntamente com a
imagem de uma Guerreira em sua tumba, com pernas arqueadas, fato que prova que
esta mulher passava muito tempo sobre um cavalo.
Acima: O único túmulo pertencente a um homem, que foi
enterrado pelas mulheres com honras, e ao lado dele se encontra um esqueleto de
criança.
Todos os túmulos encontrados eram do século 6 A.C. e continham, além dos
esqueletos, vários adereços utilizados por este povo. Mas a descoberta mais
chocante foi a de que todas as tumbas presentes eram de mulheres, exceto por um
único túmulo, e que todas as mulheres tinham pernas arqueadas, sinal de que
passavam grande parte de seu tempo cavalgando
Muitas destas mulheres encontradas nas tumbas apresentavam
grandes marcas de fraturas e contusões de origem em batalhas, e todas elas
foram enterradas juntas às suas jóias, armas e outros pertences. Outra
evidência do caráter guerreiro desta tribo são as centenas de pontas de flechas
encontradas juntamente com adagas, armaduras e escudos.
Um dos achados mais interessantes foi o de conchas cuja
origem era nos mares salgados que se encontram a milhares de quilômetros do
sítio em que elas foram encontradas, o que demonstra que estas guerreiras eram
uma tribo que tinha vindo do mar, e que ainda possuía muitos laços com este
passado marítimo, apesar de estarem longe dele.
Também foram encontrados
artefatos que demonstram que além de terríveis combatentes, estas mulheres eram
vaidosas; dentre estes artefatos estão colares, jóias de ouro, espelhos,
brincos, e também alguns estranhos e complexos adornos de ouro que demonstram
que não se tratava de apenas uma tribo de bárbaras selvagens, mas sim de um
povo que possuía o conhecimento para produzir tais complexos adornos, e não
apenas para guerrear.
Imagens guerreira enterrada com jóias; conchas e pontas de
lanças encontradas; complexo adorno feito completamente em ouro; punhal
encontrado em uma das tumbas.
Acima: Outros artefatos encontrados. Destaca-se o espelho à
direita, que demonstra que estas mulheres também possuíam outros conhecimentos,
além daqueles bélicos, para produzir artefatos como estes.
Para ter-se completa certeza da identidade dos esqueletos
descobertos, algumas amostras de material biológico foram coletadas e mandadas
para laboratórios de DNA, na intenção de serem testadas para finalmente ter-se
certeza do sexo e, principalmente, para descobrir as características
específicas daquela raça perdida de guerreiras. Após muitos testes descobriu-se
que aquela população não pertencia a nenhum grupo genético conhecido daquela
região. As mulheres pertenciam não somente a uma cultura desconhecida, mas a um
grupo genético completamente desconhecido, de origem Indo-Européia.
Com estas novas descobertas, Jeannine continuou seguindo as
pistas deixadas por Heródoto, que diziam que algumas destas Amazonas
recusaram-se a deixar sua cultura nômade, e que ao contrário das outras
guerreiras que se assentaram; este grupo descrito por Heródoto continuou com
seu antigo costume nômade até sua extinção. A equipe da arqueóloga então foi à
Mongólia, onde até os dias atuais a cultura nômade é preservada, procurando por
todos os acampamentos destas características, tentando encontrar algum sinal
cultural ou genético, por menor que aparentasse desta tribo perdida de um
passado distante. Em algumas destas populações, achavam-se mulheres que eram
grandes peritas no arco e flecha, mas nada que comprovasse alguma ligação com
as antigas guerreiras.
Na imensidão das planícies mongóis, Jeannine procurou por
muito tempo algum perfil que lembrasse, mesmo que de forma distante, alguma
característica deste povo perdido. E após esta longa procura, achou o que
estava procurando. Em uma destas pequenas aldeias de costumes nômades, ela
encontrou a pessoa que parecia diferente de todas as outras do local; a pessoa
que destoava dentre todas as tribos que hoje ocupam aquela distante região, e
esta pessoa foi encontrada justamente em um grupo de antigos nômades, que estão
a centenas, talvez milhares de anos vagando pela imensidão das estepes da
Mongólia.
Esta pessoa que destoava dentre todas as outras era uma
menina; Meiramgul era o seu nome, e possuía características completamente
distintas daquelas do povo nômade no qual habitava; seus cabelos eram loiros e
seus olhos, azuis. Nem sua mãe, nem qualquer um de seus familiares conseguiam
explicar a razão disto; porque esta menina tinha nascido tão diferente de seus
pais, avós, e de todos ao seu redor.
Meiramgul era considerada uma aberração por todos aqueles ao
seu redor; o que provavelmente era agravado pelo fato desta menina saber montar
o cavalo de uma maneira excepcional, sendo até mesmo melhor do que muitos dos
homens adultos, detentores de uma grande experiência na montaria, que conviviam
no acampamento juntamente com ela. Jeannine, assim como toda sua equipe,
ficaram perplexos; eles não sabiam como isto era possível; não esperavam
encontrar alguém que destoasse tanto daquela população nômade do local.
Para esclarecer o mistério da existência de alguém tão
diferente naquela comunidade nômade, que aparentava ser completamente
homogênea, foram coletadas amostras de DNA da menina, que foram logo enviadas
para testes nos mesmos laboratórios em que foram realizados os testes de DNA
das tumbas das antigas guerreiras encontradas ao sul da Rússia.
Após alguma espera, a resposta finalmente chegou, e foi
mostrado que o DNA mitocondreal colhido de Meiramgul, uma menina nômade da
mongólia, era o mesmo contido nos esqueletos das guerreiras descobertas por
Jeannine ao sul da Russia, que haviam morrido há mais de dois mil anos!
Meiramgul é uma descendente direta daquelas amazonas de
milênios atrás, que através de suas grandes habilidades no combate, geraram um
grande e genuíno respeito por parte dos gregos, que reconheceram-nas como duras
e valentes guerreiras em sua mitologia e em suas crônicas. Meiramgul, que é a
representação viva da herança de suas ancestrais e de seus genes, que ficaram
adormecidos durante milhares de anos, mas que, de alguma forma,
maravilhosamente se manifestaram nesta menina loira de olhos azuis, que habita
a vastidão das planícies e estepes mongóis, e cavalga da mesma forma grandiosa,
assim como suas ancestrais faziam há milênios no passado.
Meiramgul
Foi um longo caminho para chegar ao cerne desta história, passei dias pesquisando porque não queria acreditar que so as encontraríamos nas lendas e mitos, mas valeu a pena, pois pude documentar A VERDADEIRA HISTÓRIA DAS AMAZONAS!
Deixo aqui a foto das minhas amazonas prediletas\\
Xena e Gabriele
O Youtube tem muitos filmes completos, cada um contendo a historia que lhe é válida e vale a pena dar uma olhadinha ;)
Fonte: Wikipedia
infoescila.com
Revista Cultural Tholf
LUZ E HARMONIA
Cailleam )0(
2 comentários:
gostei achei muito interessante parabéns
Ola
Obrigada pelo carinho pena que eu não sei a quem agradecer, mas será sempre bem vindo(a).
Seja abençoado(a)
Caillean
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