quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A VERDADEIRA HISTÓRIA DAS AMAZONAS




Na Antiga Grécia, bem antes da vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com vida.
Em 1540, o aventureiro hispânico Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola, participou de uma jornada exploratória na América do Sul, atravessando, portanto, o extenso e misterioso rio que cruzava uma das mais temidas florestas.

 Segundo A Lenda das Amazonas, ele teria avistado, no pretenso reino das Pedras Verdes, mulheres semelhantes às acima descritas, conhecidas pelos indígenas como Icamiabas, expressão que tinha o sentido de ‘mulheres sem marido’.
Contam os índios que estas guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram bem altas, brancas, cabelos compridos dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça – descrição feita pelo Frei Gaspar de Carnival, também escrivão da frota.


O confronto entre os espanhóis e as Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio Nhamundá – localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram surpreendidos pelo ataque de inúmeras e belas combatentes desnudas, conduzindo tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram assim prontamente derrotados pelas mulheres, pondo-se rapidamente em fuga.


No caminho os espanhóis encontraram um indígena, que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o relato do nativo, havia pelo menos setenta tribos de Icamiabas só naquele território. Suas aldeias eram edificadas com pedras, conectadas aos povoados por caminhos que elas cercavam de ponta a ponta, cobrando uma espécie de pedágio dos que atravessavam estas estradas. Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem contato com o sexo masculino.


Quando, porém, chegava o período de reprodução, as Amazonas capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao engravidar, sinalizavam seus parceiros e, se nascia um curumim ou menino, elas entregavam a criança aos pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e presenteavam o genitor com um talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar ao sapo utilizado nos rituais lunares.


Ao ouvirem esta narrativa, os espanhóis, cientes da existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos, confundem ambas e batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar Dulce, de Rio de Las Amazonas.


Certamente os espanhóis, ao se depararem com selvagens guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter encontrado finalmente as tão famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram e permaneceram os nomes do Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que abriga o idílico cenário desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se desenrolado em terras brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros países, talvez pela associação com narrativas que envolvem ícones adornados com ouro e prata, o que certamente despertava a cobiça dos europeus.


Na Antiga Grécia, bem antes da vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com vida.


Em 1540, o aventureiro hispânico Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola, participou de uma jornada exploratória na América do Sul, atravessando, portanto, o extenso e misterioso rio que cruzava uma das mais temidas florestas. Segundo A Lenda das Amazonas, ele teria avistado, no pretenso reino das Pedras Verdes, mulheres semelhantes às acima descritas, conhecidas pelos indígenas como Icamiabas, expressão que tinha o sentido de ‘mulheres sem marido’.


Contam os índios que estas guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram bem altas, brancas, cabelos compridos dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça – descrição feita pelo Frei Gaspar de Carnival, também escrivão da frota.

O confronto entre os espanhóis e as Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio Nhamundá – localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram surpreendidos pelo ataque de inúmeras e belas combatentes desnudas, conduzindo tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram assim prontamente derrotados pelas mulheres, pondo-se rapidamente em fuga.




No caminho os espanhóis encontraram um indígena, que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o relato do nativo, havia pelo menos setenta tribos de Icamiabas só naquele território. Suas aldeias eram edificadas com pedras, conectadas aos povoados por caminhos que elas cercavam de ponta a ponta, cobrando uma espécie de pedágio dos que atravessavam estas estradas. Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem contato com o sexo masculino.

Quando, porém, chegava o período de reprodução, as Amazonas capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao engravidar, sinalizavam seus parceiros e, se nascia um curumim ou menino, elas entregavam a criança aos pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e presenteavam o genitor com um talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar ao sapo utilizado nos rituais lunares.

Ao ouvirem esta narrativa, os espanhóis, cientes da existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos, confundem ambas e batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar Dulce, de Rio de Las Amazonas.


Certamente os espanhóis, ao se depararem com selvagens guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter encontrado finalmente as tão famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram e permaneceram os nomes do Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que abriga o idílico cenário desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se desenrolado em terras brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros países, talvez pela associação com narrativas que envolvem ícones adornados com ouro e prata, o que certamente despertava a cobiça dos europe que crer que as Amazonas também existiram na Europa e Asia , veja abaixo um bom exemplo concreto disso.

 Ossada de mulher guerreira encontrada no sul da Rússia, com ornamentos e artefatos bélicos...





Amazonas na Ásia:


As Amazonas clássicas

O historiador grego Homero foi o primeiro a registrar na história a existência de uma tribo de mulheres cujas habilidades como guerreiras eram tão grandes, ou maiores, quanto à dos homens que frequentemente entravam árduos em combate com elas; estas vorazes guerreiras foram chamadas por ele de Antianeirai – aquelas que acompanham os homens na guerra. O mesmo fato foi posteriormente registrado por outro grego, Heródoto, que chamou estas guerreiras de Androktones – aquelas que matam os homens.

Em muitos murais e em antigas peças de cerâmica vindas da península Ática são retratadas cenas de combates dos povos desta região com uma valente raça de mulheres guerreiras, que normalmente são representadas combatendo os homens de forma árdua e direta. A mais conhecida destas imagens foi achada no Parthenon – templo que foi construído em honra à deusa Athena, que além de ser a divindade da guerra, também é da sabedoria, estratégia, razão, etc.

 Nesta imagem, reproduzida no escudo da estátua da deusa, é representada a cena de um violento combate entre os gregos e estas guerreiras. Este tipo de arte que retratava as guerras entre os gregos e as guerreiras amazonas foi nomeado de Amazonomachy – a batalha das amazonas.

Heródoto reconheceu esta tribo de mulheres que batalhavam com os homens como sendo habilidosas e valentes guerreiras, e, em seus registros, narrou que nem sempre os exércitos vindos da Grécia saíam vitoriosos do combate contra esta raça de mulheres.


Exemplos de Amazonomachy. A primeira é o escudo de Athena, e, ao lado está uma imagem que mostra as amazonas combatendo em sua montaria.

 De acordo com registros dos historiadores citados, juntamente com outras fontes, as amazonas eram exímias cavaleiras, e quando seus cavalos morriam em combate, estas faziam cerimônias de cremação para eles.

Na epopéia de Tesseu – presente no conto referente aos doze trabalhos de Hércules –, as guerreiras amazonas são novamente citadas, principalmente sua rainha Hipólita, como sendo grandes guerreiras, que proporcionaram combates extremamente violentos ao exército deste herói, e, além disso, eram capazes de lutar de forma igualitária com qualquer um de seus guerreiros.


Outros antigos relatos citam que as valentes guerreiras certa vez tentaram invadir a península Ática, mas não foram capazes de vencer os combates, sendo derrotadas pelos exércitos desta região; o que talvez tenha acarretado na decadência de seu povo e de sua cultura. Sendo elas grandes adoradoras de Artemis, a deusa virgem da caça, e do deus Ares, da guerra em sua forma mais brutal; alguns relatos também contam que estas amazonas eram descendentes diretas do próprio deus Ares.



Acima: Nos registros posteriores aos dos gregos, vindos dos romanos, ainda se encontram referências a estas guerreiras combatendo brutalmente contra os legionários romanos.

Uma nova visão da história

Durante muito tempo acreditou-se que estas histórias de valentes guerreiras amazonas não passassem de uma antiga lenda proveniente dos gregos, até que a arqueóloga americana Jeannine Davis-Kimball, que durante muito tempo estudou detalhadamente a saga completa destas guerreiras, seguindo os registros deixados por Heródoto. Um destes registros relata o fato de que no século 5 a.C., os gregos derrotaram estas guerreiras na batalha de Thermodon, e que após este feito, elas foram escravizadas pelos vencedores. 


Mas durante a viagem de navio, de regresso à Grécia, local onde seriam vendidas como escravas comuns, as guerreiras tomaram o controle da embarcação e, após isso, mataram todos os marinheiros que as tinham mantido cativas. Mas logo após este feito, uma grande tempestade as surpreendeu dentro de sua embarcação, e elas foram parar em uma praia, onde encontraram o povo de Scyths, com quem estabeleceram uma paz duradoura, que, como resultado, fez com que algumas destas guerreiras se unissem aos homens desta tribo. 


Heródoto relatou que este povo finalmente se refugiou em um lugar desconhecido para os povos Gregos, e assim, para todo o mundo; pensamento que permaneceu ativo até que Jeannine descobriu a localização do local de repouso destas guerreiras, que se situava ao sul da Rússia, próximo à fronteira com o Cazaquistão.

Utilizando as pistas deixadas por Heródoto, a americana chegou a um local chamado de Pokrovka, onde junto com uma equipe de arqueólogos, começaram a procurar no solo indícios arqueológicos destas guerreiras da antiguidade.


Neste local, a arqueóloga deparou-se com várias tumbas subterrâneas com formatos circulares, sendo todas perfeitamente ordenadas, e que juntas somavam um total de mais de cem túmulos. As escavações duraram por mais de quatro anos, e a equipe de Jeannine, juntamente com a Academia de Russa de Ciências, neste período fizeram grandes descobertas de valor inestimável. 
Acima: O padrão das tumbas encontradas, juntamente com a imagem de uma Guerreira em sua tumba, com pernas arqueadas, fato que prova que esta mulher passava muito tempo sobre um cavalo.



Acima: O único túmulo pertencente a um homem, que foi enterrado pelas mulheres com honras, e ao lado dele se encontra um esqueleto de criança.


Todos os túmulos encontrados eram do século 6 A.C. e continham, além dos esqueletos, vários adereços utilizados por este povo. Mas a descoberta mais chocante foi a de que todas as tumbas presentes eram de mulheres, exceto por um único túmulo, e que todas as mulheres tinham pernas arqueadas, sinal de que passavam grande parte de seu tempo cavalgando


Muitas destas mulheres encontradas nas tumbas apresentavam grandes marcas de fraturas e contusões de origem em batalhas, e todas elas foram enterradas juntas às suas jóias, armas e outros pertences. Outra evidência do caráter guerreiro desta tribo são as centenas de pontas de flechas encontradas juntamente com adagas, armaduras e escudos.

Um dos achados mais interessantes foi o de conchas cuja origem era nos mares salgados que se encontram a milhares de quilômetros do sítio em que elas foram encontradas, o que demonstra que estas guerreiras eram uma tribo que tinha vindo do mar, e que ainda possuía muitos laços com este passado marítimo, apesar de estarem longe dele. 


Também foram encontrados artefatos que demonstram que além de terríveis combatentes, estas mulheres eram vaidosas; dentre estes artefatos estão colares, jóias de ouro, espelhos, brincos, e também alguns estranhos e complexos adornos de ouro que demonstram que não se tratava de apenas uma tribo de bárbaras selvagens, mas sim de um povo que possuía o conhecimento para produzir tais complexos adornos, e não apenas para guerrear.


Imagens guerreira enterrada com jóias; conchas e pontas de lanças encontradas; complexo adorno feito completamente em ouro; punhal encontrado em uma das tumbas.



Acima: Outros artefatos encontrados. Destaca-se o espelho à direita, que demonstra que estas mulheres também possuíam outros conhecimentos, além daqueles bélicos, para produzir artefatos como estes.


 A História da Menina Meiramgul



Para ter-se completa certeza da identidade dos esqueletos descobertos, algumas amostras de material biológico foram coletadas e mandadas para laboratórios de DNA, na intenção de serem testadas para finalmente ter-se certeza do sexo e, principalmente, para descobrir as características específicas daquela raça perdida de guerreiras. Após muitos testes descobriu-se que aquela população não pertencia a nenhum grupo genético conhecido daquela região. As mulheres pertenciam não somente a uma cultura desconhecida, mas a um grupo genético completamente desconhecido, de origem Indo-Européia.

Com estas novas descobertas, Jeannine continuou seguindo as pistas deixadas por Heródoto, que diziam que algumas destas Amazonas recusaram-se a deixar sua cultura nômade, e que ao contrário das outras guerreiras que se assentaram; este grupo descrito por Heródoto continuou com seu antigo costume nômade até sua extinção. A equipe da arqueóloga então foi à Mongólia, onde até os dias atuais a cultura nômade é preservada, procurando por todos os acampamentos destas características, tentando encontrar algum sinal cultural ou genético, por menor que aparentasse desta tribo perdida de um passado distante. Em algumas destas populações, achavam-se mulheres que eram grandes peritas no arco e flecha, mas nada que comprovasse alguma ligação com as antigas guerreiras.

Na imensidão das planícies mongóis, Jeannine procurou por muito tempo algum perfil que lembrasse, mesmo que de forma distante, alguma característica deste povo perdido. E após esta longa procura, achou o que estava procurando. Em uma destas pequenas aldeias de costumes nômades, ela encontrou a pessoa que parecia diferente de todas as outras do local; a pessoa que destoava dentre todas as tribos que hoje ocupam aquela distante região, e esta pessoa foi encontrada justamente em um grupo de antigos nômades, que estão a centenas, talvez milhares de anos vagando pela imensidão das estepes da Mongólia.

Esta pessoa que destoava dentre todas as outras era uma menina; Meiramgul era o seu nome, e possuía características completamente distintas daquelas do povo nômade no qual habitava; seus cabelos eram loiros e seus olhos, azuis. Nem sua mãe, nem qualquer um de seus familiares conseguiam explicar a razão disto; porque esta menina tinha nascido tão diferente de seus pais, avós, e de todos ao seu redor.

Meiramgul era considerada uma aberração por todos aqueles ao seu redor; o que provavelmente era agravado pelo fato desta menina saber montar o cavalo de uma maneira excepcional, sendo até mesmo melhor do que muitos dos homens adultos, detentores de uma grande experiência na montaria, que conviviam no acampamento juntamente com ela. Jeannine, assim como toda sua equipe, ficaram perplexos; eles não sabiam como isto era possível; não esperavam encontrar alguém que destoasse tanto daquela população nômade do local.

Para esclarecer o mistério da existência de alguém tão diferente naquela comunidade nômade, que aparentava ser completamente homogênea, foram coletadas amostras de DNA da menina, que foram logo enviadas para testes nos mesmos laboratórios em que foram realizados os testes de DNA das tumbas das antigas guerreiras encontradas ao sul da Rússia.



Após alguma espera, a resposta finalmente chegou, e foi mostrado que o DNA mitocondreal colhido de Meiramgul, uma menina nômade da mongólia, era o mesmo contido nos esqueletos das guerreiras descobertas por Jeannine ao sul da Russia, que haviam morrido há mais de dois mil anos!


Meiramgul é uma descendente direta daquelas amazonas de milênios atrás, que através de suas grandes habilidades no combate, geraram um grande e genuíno respeito por parte dos gregos, que reconheceram-nas como duras e valentes guerreiras em sua mitologia e em suas crônicas. Meiramgul, que é a representação viva da herança de suas ancestrais e de seus genes, que ficaram adormecidos durante milhares de anos, mas que, de alguma forma, maravilhosamente se manifestaram nesta menina loira de olhos azuis, que habita a vastidão das planícies e estepes mongóis, e cavalga da mesma forma grandiosa, assim como suas ancestrais faziam há milênios no passado.

Meiramgul

Foi um longo caminho para chegar ao cerne desta história, passei dias pesquisando porque não queria acreditar que so as encontraríamos nas lendas e mitos, mas valeu a pena, pois pude documentar A VERDADEIRA HISTÓRIA DAS AMAZONAS!

Deixo aqui a foto das minhas amazonas prediletas\\


Xena e Gabriele




O Youtube tem muitos filmes completos, cada um contendo a historia que lhe é válida e vale a pena dar uma olhadinha ;)

Fonte: Wikipedia
infoescila.com
Revista Cultural Tholf





LUZ E HARMONIA

Cailleam )0(

2 comentários:

Anônimo disse...

gostei achei muito interessante parabéns

Caillean )0( disse...

Ola
Obrigada pelo carinho pena que eu não sei a quem agradecer, mas será sempre bem vindo(a).
Seja abençoado(a)

Caillean

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