domingo, 29 de setembro de 2013

Deusa Afrodite - Vênus Celestial

Afrodite inspirada em pintura de Apelles




Afrodite (do grego Ἀφροδίτη, Aphroditê) é a deusa grega do amor, do prazer e da beleza, identificada pelos romanos como Vênus. A murta, a romã, a maçã, a pomba, o pardal e o cisne são consagrados a ela.
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Urânia e Pandemos 


Uma concepção tardia dividiu Afrodite em duas deusas distintas, Afrodite Urânia, "Celestial", nascida sem mãe, do esperma de Urano; e Afrodite Pandemos, "De Todos os Povos" ou "De Todo o Povo", nascida de Zeus e Dione.

Esse conceito encontra-se pela primeira vez no século V a.C., em Platão. Para os neoplatônicos e seus intérpretes cristãos, Afrodite Urânia, ou Vênus Celestial, representa o amor espiritual, enquanto Afrodite Pandemos era associada ao amor físico. Outras concepções davam a primeira como deusa do amor lícito, matrimonial e a segunda como a do amor desregrado, principalmente com prostitutas.

A representação de Afrodite Urânia com um pé descansando em uma tartaruga foi interpretada como um emblema de discrição nos conflitos conjugais. A imagem é creditada a Fídias em uma escultura criselefantina (de ouro e marfim) feita para a cidade de Élis e notada por Pausânias. No seu culto eram proibidas oferendas e libações de vinho.

Afrodite Pandemos foi representada em Élis, por Scopas, cavalgando um carneiro. Afrodite Pandemos também era cultuada em Megalópolis, na Arcádia e e Tebas. Um festival em sua honra foi mencionado por Ateneu e a ela eram oferecidos sacrifícios de cabras brancas.

Originalmente, Afrodite Pandemos representava simplesmente a união dos povoados, os "demos", em um só corpo político, como os que formaram cidades-estados maiores como Atenas e Megalópolis. Era venerada em Atenas junto com Peito ("Persuasão") e seu culto teria sido instituído por Teseu quando unificou as comunidades da Ática. A transição para a interpretação como "Afrodite Popular", "Afrodite Vulgar" ou "Afrodite Promíscua" pode ter-se relacionado ao fato de seu santuário, que teria sido mandado construir por Sólon, estar situado na popular Ágora, a praça do mercado, ou de as hetairas terem custeado sua construção.

Símbolos 


Afrodite foi, sucessivamente, representada envolta em finos véus, seminua e mais tarde totalmente nua (a partir de Escopas e de Praxíteles, século IV a.C.).

Os artistas apresentaram-na, geralmente, cercada de suas flores preferidas, a rosa e a murta, e acompanhada dos seus animais favoritos, as pombas, que ela atrelava ao seu carro. Também lhe eram consagrados os pomos em geral, incluindo a maçã, a lima e o marmelo, mas mais especificamente a romã. Era especialmente ligada às conchas (principalmente vieiras e amêijoas), que representavam os órgãos sexuais femininos. Cisnes e delfins são também freqüentemente associados a essa deusa.

Afrodite costuma ser acompanhada de um cortejo de servidores e de servas que encarnam os prazeres e o encanto do mundo, das quais a mais importantes são as Cárites e as Horas. As ninfas oréadas também costumam acompanhá-la.

Sendo a ilha de Cítera sua primeira pátria e um dos centros mais tradicionais de seu culto, a expressão "Viagem a Cítera" tornou-se uma metáfora usual para a paixão amorosa e para o ato sexual.

Culto


No templo de Afrodite no alto do Acrocorinto (antes da destruição da cidade pelos romanos em 146 a.C.), ter relações sexuais com suas sacerdotisas ou hieródulas era uma das maneiras de cultuar Afrodite. O mesmo costume existia em templos de Afrodite em Chipre, Cítera e na Sicília, seguindo a tradição dos cultos a Inana, Ishtar, Astarot ou Astarte dos povos da Mesopotâmia, Síria, Fenícia e Palestina.

Essas sacerdotisas entregavam-se nos templos da deusa aos visitantes com o fito, em primeiro lugar, de promover e provocar a vegetação e a fertilidade e, em segundo lugar, para arrecadar dinheiro para os próprios templos. No riquíssimo (graças às hieródulas) santuário de Afrodite no monte Érix, na Sicília, e em Corinto, nos bosques de ciprestes de um famoso Ginásio, chamado Craníon, a deusa era cercada por mais de mil hieródulas, que, à custa dos visitantes, lhe enriqueciam o santuário. Personagens principais das famosas Afrodísias de Corinto, todas as noites elas saíam às ruas em alegres cortejos e procissões rituais. 

Embora alguns poetas cômicos, como Aléxis e Eubulo, ambos do século IV a.C., tivessem escrito a esse respeito versos maliciosos, pedia-se às hieródulas que dirigissem as preces públicas a Afrodite também em momentos da maior gravidade, como nas invasões persas de Dario (490 a.C.) e Xerxes (480 a.C.).

Píndaro, um dos mais religiosos dos poetas gregos, celebrou com um skólion (canção convivial) um grande número de jovens hieródulas que Xenofonte de Corinto ofertou a Afrodite, em agradecimento por uma dupla vitória nos Jogos Olímpicos.

Epítetos 

Os epítetos mais usados entre os gregos eram o de Afrodite Acidália, Cípria (Kypris) e Citeréia (Cytherea). O festival de Afrodite, chamado Afrodisíaca ou Afrodísia, era celebrado em toda a Grécia, mas especialmente em Atenas e Corinto.


Outros epítetos gregos comuns foram:

Aphrodite Akidalia: segundo Servius, derivada da fone Acidalius perto de Orcômeno, na qual Afrodite se banhava com as Cárites; outros ligam o nome com o grego άκιδες, acides, "preocupa-se".

Aphrodite Akraia - epíteto dado a deusa em templos situados sobre colinas.

Aphrodite Alitta ou Alilat - nome pelo qual, segundo Heródoto, os árabes chamavam Afrodite Urânia.

Aphrodite Amathousia ou Amathountia - derivada da cidade de Amathus em Chipre, um de seus centros de culto mais antigos.

Aphrodite Ambologêra - de anaballô e gêras "que afasta a velhice", nome de uma imagem em Esparta.

Aphrodite Anadyomenê - a deusa erguendo-se do mar, em alusão à sua origem e a uma famosa representação de Apeles da deusa enxugando o cabelo com suas mãos.

Aphrodite Antheia - o brotar, ou a amiga das flores, epíteto usado em Cnossos.

Aphrodite Apatouria - "a enganadora", usado em Phanagoria e outros lugares do Quersoneso Táurico, alude a um mito no qual Afrodite foi atacada por gigantes e pediu socorro a Héracles. Ele se escondeu com ela em uma caverna e, quando os gigantes aproximavam-se dela um por um, ela os entregava a Héracles para que os matasse.

Aphrodite Aphakitis - da cidade de Aphace na Coele-Syria, onde tinha um célebre templo e oráculo.

Aphrodite Apotrophia - "a expulsora", usado em Tebras, onde descrevia a deusa como expelindo o desejo dos corações dos homens depois do prazer pecaminoso. Seu culto teria sido instituído por Harmonia junto com o de Afrodite Urânia e Pandemos.

Aphrodite Arakynthias - derivada do monte Aracynthus, onde havia um templo de Afrodite.

Aphrodite Areia - a Afrodite de Ares, representada de armadura, como em Esparta.

Aphrodite Argennis - de Argennus, favorita de Agamêmnon, em homenagem à qual o rei construiu um santuário a Afrodite no rio Cephissus.

Aphroditê Hetaíra - "companheira", "amante", protetora em Atenas das hetairas propriamente ditas.

Aphrodite Kallipygos - "de bela bunda", venerada em Siracusa. A imagem alude a um conto segundo a qual um camponês tinha duas belas filhas que se puseram a discutir na rua sobre qual tinha o traseiro mais bonito. Um rapaz que passava, filho de um homem velho e rico, foi escolhido como juiz. Não só se pronunciou a favor da irmã mais velha, como se apaixonou por ela e acabou por levá-la para a cama e contar pra seu irmão mais novo. Este, curioso, foi para o campo, viu as duas garotas e se apaixonou pela mais nova. Quando o pai tentou fazer os dois jovens se casarem com moças da sua própria classe, não conseguiu convencê-los e acabou por aceitar que se casassem com suas camponesas. Ambas as moças foram chamadas de "calipígias" pelos cidadãos de Siracusa e, ao ficarem ricas e famosas, fundaram o templo de Afrodite e chamaram a deusa pelo mesmo epíteto.

Aphrodite Knidia - da cidade de Cnidus, na Cária, para a qual Praxíteles fez uma estátua célebre.

Aphrodite Kôlias - de uma estátua no promontório de Cólias, na Ática.

Aphrodite Despoina - "a déspota", epíteto usado também em relação a outras deusas, como Deméter e Perséfone.

Aphrodite Diônaia - a "filha de Dione".

Aphrodite Erykinê - derivada do monte Érix, na Sicília, que teria sido construído por Érix, filho de Afrodite e do rei Butes, ou, segundo Virgílio, por Enéias. Psófis, filha de Érix, eria construito um templo a essa Afrodite em Psófis, na Arcádia. Da Sicília, seu culto foi introduzido em Roma no início da II Guerra Púnica e em 181 a.C. foi-lhe construído um templo fora da Porta Collatina. Em Roma, representava o "amor impuro" e era a padroeira das prostitutas.

Aphrodite Gamêlii - como uma das divindades protetoras do casamento, a saber, Zeus, Hera, Afrodite, Peito e Ártemis e às vezes também as Moiras.

Aphrodite Genetyllis - como protetora dos nascimentos e às vezes como Genetile, uma divindade distinta, ou como Genaides ou Genetílides, uma classe de divindades presidindo à concepção e ao nascimento em companhia de Aphrodite Colias. O epíteto também é aplicado a Ártemis.

Aphrodite Hekaergê - "que atinge à distância", epíteto usado em Iulis, ilha de Cós.

Aphrodite Idalia - da cidade de Idálion, em Chipre.

Aphrodite Limenia, Limenitês, Limenitis ou Limenodkopos - "protetora do porto", epíteto também aplicado a Zeus, Ártemis e Pã.

Aphrodite Mêchaneus ou Mechanitis - hábil em invenções, aplicado em Megalópolis.

Aphrodite Melainis - "a negra", epíteto usado em Corinto.

Aphrodite Melinaia - derivado da cidade argiva de Meline.

Aphrodite Migônitis - derivado de Migonium, lugar dentro ou perto da ilha de Cranne, na Lacônia, onde havia um templo da deusa.

Aphrodite Morphô - "formosa", epíteto usado em Esparta à deusa representada sentada, com a cabeça coberta e os pés acorrentados.

Aphrodite Nikêphoros - "que traz a vitória", aplicado também a outras divindades.

Aphrodite Paphia - do célebre templo em Pafos, Chipre. Também havia uma estátua de Afrodite Páfia no santuário de Ino, entre Oetylus e Thalamae na Lacônia.

Aphrodite Peithô - "a persuasão", considerada uma divindade distinta em Sícion, em cuja ágora tinha um templo, mas epíteto de Afrodite em Atenas, onde seu culto teria sido introduzido por Teseu quando unificou a Ática. Em Atenas as estátuas de Peitho e Afrodite Pandemos estavam bem juntas e em Mégara a estátua de Peitho ficava no templo de Afrodite.

Syria Dea - "deusa síria", designação de Astarte.

Aphrodite Zephyritis - do promontório de Zefírio, no Egito.

Aphrodite Zêrynthia - da cidade de Zerinto na Trácia, onde seu santuário teria sido construído por Fedra.


Com o nome de Vênus, Afrodite foi particularmente querida dos romanos, que a consideravam ancestral de Enéias, de Rômulo e Remo e dos Césares e a celebravam em vários festivais. Seu culto teria começado em Ardea e Lavinium, no Lácio. Entre os epítetos de Vênus em Roma, contam-se:

O nascimento de Vênus de Sandro Botticelli - (1482-1486)

Venus Cloacina: fusão de Vênus com a deusa etrusca da água Cloacina, que provavelmente resultou da proeminente estátua de Vênus próxima da Cloaca Maxima (sistema de esgotos de Roma) erguida no lugar onde teria sido feita a paz entre os romanos e os sabinos.

Venus Felix ("Vênus Feliz") foi o epíteto usado em um templo na colina do Esquilino Hill em outro construído por Adriano e dedicado a Venus Felix et Roma Aeterna on the north side of the Via Sacra. This epithet is also used for a specific sculpture at the Vatican Museums.

Venus Genetrix ("Vênus Genitora") era Vênus no papel de ancestral do povo romano, uma deusa da maternidade e domesticidade. Um festival era celebrado em sua honra em 26 de setembro. Como Vênus era considerada mãe da gens Júlia em particular, Júlio César lhe dedicou um templo em Roma.

Venus Libertina era um epiteto que pode ter surgido de um erro, quando os romanos tomaram lubentina ("agradável", "apaixonante") por libertina (das escravas libertas). Um epíteto possivelmente relacionado é o de Venus Libitina, Libentina, Libentia, Lubentina, Lubentini ou Lubentia, que provavelmente surgiu da confusão com Libitina, uma deusa funérea, com a Vênus Lubentina. Um templo foi dedicado a Venus Libitina na colina do Esquilino.

Venus Murcia ("Vênus da Murta") foi um epíteto que uniu Vênus a Murcia ou Murtia, uma divindade pouco conhecida, associada com a murta. Algumas fontes a consideram uma deusa da preguiça.

Venus Obsequens ("Vênus Indulgente") era um epíteto ao qual foi dedicado um templo em 293 a.C., durante a Terceira Guerra Samnita, por Quintus Fabius Maximus Gurges. Foi construído com o dinheiro de mulheres multadas por adultério e era o mais antigo templo de Vênus em Roma. Provavelmente situava-se ao pé do monte Aventino, perto do Circus Maximus. No dia de sua dedicação, 19 de agosto, era celebrado o festival da Vinalia Rustica.

Venus Verticordia ("Venus que vira corações"), era tida como protetora contra o vício e o festival da Veneralia era celebrado em sua honra em 1º de abril. Um templo em sua honra foi dedicado em 1º de abril de 114 a.C,, seguindo instruções dos Livros Sibilinos, como expiação pela violação do voto de castidade por três virgens vestais.

Venus Victrix ("Venus Vitoriosa") era um aspecto armado de Afrodite herdado pelos gregos do Oriente, onde a deusa Ishtar nunca deixou de ser também uma deusa da guerra. Foi a essa Vênus que Pompeu dedicou um templo no topo do seu teatro no Campus Martius em 55 a.C. Havia também um santuário de 

Venus Victrix no monte Capitolino, com festivais em 12 de agosto e 9 de outubro. Na arte neoclássica, esse epíteto foi usado no sentido de "Vênus vitoriosa sobre os corações dos homens" ou no contexto do Julgamento de Páris.


Outros epítetos romanos incluem Venus Amica ("Venus Amiga"), Venus Armata ("Vênus Armada"), Venus Caelestis ("Vênus Celeste"), e Venus Aurea ("Vênus Dourada").


Mitos de Afrodite 

Vênus e Marte, de Sandro Botticelli (1485)



Hefesto nasceu feio e, por isso, foi atirado do alto do Monte Olimpo aos mares por Hera, sua mãe. Foi recolhido por Tétis e Eurímone, com as quais viveu por nove anos. Já crescido, ele se vingou dela, enviando-lhe de presente um trono de adamanto. Quando Hera se sentou, correntes a prenderam habilmente e nem Zeus foi capaz de quebrá-las. Hefesto só consentiu em libertar a mãe em troca da volta ao Olimpo e da mão de Afrodite.

Ares, nas ausências de Hefesto, que tinha suas forjas no monte Etna, na Sicília, partilhava constantemente o leito de Afrodite. Fazia-o com tranqüilidade, pois deixava à porta dos aposentos da deusa uma sentinela, um jovem chamado Aléctrion ("Galo"), que deveria avisá-lo da aproximação do nascer do sol. Um dia, porém, o vigia dormiu e Hélios, o Sol, que tudo vê e que não perde a hora, surpreendeu os amantes e avisou Hefesto. 

Este, deus que sabe atar e desatar, preparou uma rede mágica, com correntes invisíveis de adamanto e prendeu o casal ao leito. Convocou os deuses para testemunharem o adultério e estes se divertiram tanto com a picante situação que a abóbada celeste reboava com as suas gargalhadas. Após insistentes pedidos de Posêidon, o deus coxo consentiu em retirar a rede. Envergonhada, Afrodite fugiu para Chipre e Ares para a Trácia. 

Desses amores, nasceram Fobos ("Medo"), Deimos ("Terror") e Harmonia, que mais tarde foi esposa de Cadmo, rei de Tebas. Aléctrion foi punido sendo transformado em galo e obrigado a cantar toda madrugada, antes do nascimento do Sol.

Vulcano surpreende Vênus e Marte, de Jacopo Comin "Tintoretto" (1551)

Por ter Eos se enamorado de Ares, Afrodite, enciumada, fez a rival apaixonar-se violentamente pelo gigante Órion, a ponto de arrebatá-lo e escondê-lo, com grande desgosto dos deuses, uma vez que o gigante, como Héracles, limpava os campos e as cidades de feras e monstros.

Tão logo Afrodite nasceu, Zeus por ela se apaixonou e a possuiu numa longa noite de amor. Hera, enciumada com a gravidez da deusa oriental, e temendo que, se da mesma nascesse um filho com a beleza da mãe e o poder do pai, ele certamente poria em perigo a estabilidade dos imortais, deu um soco no ventre de Afrodite. O resultado foi que Priapo nasceu com um membro viril descomunal. Com medo de que seu filho e ela própria fossem ridicularizados pelos deuses, abandonou-o numa alta montanha, onde foi encontrado e criado pelos pastores (outra versão faz de Priapo filho de Afrodite com Dioniso).

Da união de Afrodite com Hermes, nasceu Hermafrodito, um jovem belíssimo. Salmácis, uma ninfa Crinéia, apaixono-se por ele, agarrou-o quando foi banhar-se em sua fonte e pediu aos deuses que jamais a separassem dele. Desde então, Hermafrodito passou a ter uma dupla natureza.

Afrodite castigou Hipólito por ter-se dedicado à deusa da castidade Ártemis e desprezado seu culto. 

Inspirou a Fedra, madrasta de Hipólito, uma paixão incontrolável pelo enteado. Repelida por este, Fedra se matou, mas deixou uma mensagem mentirosa a Teseu, seu marido e pai de Hipólito, acusando a este último de tentar violentá-la, o que lhe explicava o suicídio. Desconhecendo a inocência do filho, Teseu expulsou-o de casa e invocou contra o filho a cólera de Posêidon. Este enviou contra Hipólito um monstro marinho que espantou os cavalos de sua biga, fazendo-o cair e ser arrastado e despedaçado.

O Julgamento de Páris, de Pieter Pauwel Rubens (1639)

Durante o banquete de núpcias de Tétis e de Peleu, para o qual os deuses tinham sido convidados, Éris, a Discórdia, lançou para o meio dos convivas um pomo de ouro, na qual figurava a inscrição καλλίστῃ (kallístê, "à mais bela"). Hera e Atena opuseram-se, imediatamente a Afrodite, cada uma delas reivindicando o pomo e o título. Zeus convenceu-as a remeter esta questão à apreciação de um mortal, e foi eleito como juiz o Troiano Páris, filho do rei Príamo. Hermes conduziu as três deusas junto dele, numa altura em que este vigiava os seus rebanhos no monte Ida, na Frigia. Hera fez valer a sua beleza senhorial e ofereceu a Páris o Império da Ásia; Atena, dotada de uma beleza severa, garantiu ao príncipe troiano a invencibilidade e sabedoria; Afrodite, soltando as fivelas que prendiam a sua túnica, desnudou-se e prometeu a Páris o amor da mais bela mulher do mundo. Afrodite recebeu o pomo e o troiano, em recompensa, conseguiria seduzir a bela Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau, dando início à Guerra de Tróia.


A beleza do troiano Anquises, "digna dos deuses", fascinou Afrodite, a ponto de ela se disfarçar na filha do rei da Frígia para amá-lo e lhe dar um filho, Enéias, que a deusa protegeu com todas as suas forças. Diomedes quase o matou em batalha, mas Afrodite o salvou. Diomedes, furioso, feriu Afrodite, que deixou cair o filho e voou para o Olimpo, queixar-se do arranhão à sua mãe Dione, enquanto Apolo envolvia Enéas em uma nuvem e o levava a Tróia, onde foi curado por Ártemis. Enéias, após a queda de Tróia, ficou responsável pela perpetuação da sua raça e da sua pátria, transferindo-as para Itália, no Lácio, onde, mais tarde, os seus descendentes fundariam e governariam Roma.

O Nascimento de Adônis, de Marcantonio Franceschini (1648-1729)


Téias, rei da Síria, tinha uma filha, Mirra ou Esmirna que, desejando competir em beleza com a deusa do amor, foi castigada por esta com uma paixão incestuosa pelo próprio pai. Com auxílio de sua aia Hipólita, Mirra enganou Téias unindo-se com ele por doze noites consecutivas. Na última noite, o rei percebeu o engodo e perseguiu a filha com a intenção de matá-la. Mirra colocou-se sob a proteção dos deuses, que a transformaram na árvore que tem seu nome.

Em outra versão do mesmo mito, Mirra era filha de Cíniras, rei fenício de Chipre, e da rainha Cencréia. Esta ofendeu Afrodite, dizendo que a filha era mais bela que a deusa, que então despertou na rival a paixão pelo pai. Apavorada com seus próprios desejos, Mirra quis enforcar-se, mas Hipólita interveio e facilitou a satisfação do amor incestuoso. Consumado o incesto, Mirra fugiu para a floresta e foi a própria Afrodite que, compadecida com seu sofrimento, a transformou em árvore de mirra.

Meses depois, a casca da mirra começou a inchar e no décimo mês se abriu (ou, segundo outras versões, foi aberta pelo pai ou pelos dentes de um javali), nascendo Adônis. Tocada pela beleza da criança, Afrodite recolheu-a e a confiou, em segredo, a Perséfone. Esta, também encantada com o menino, negou-se a devolvê-lo à esposa de Hefesto. A querela foi arbitrada por Zeus, que estipulou que Adônis passaria um terço do ano com Perséfone, outro com Afrodite e os restantes com quem quisesse.

Mais tarde, Ares, com ciúme - ou Ártemis, ou Apolo, segundo outras versões - lançou contra Adônis um javali que o matou. Afrodite então transformou seu amor em anêmona, flor da primavera, que continuou a passar os quatro meses primaveris com Afrodite, para então fenecer e morrer. No afã de tentar salvar o amante, Afrodite pisou num espinho de rosa e seu sangue deu à flor um novo colorido.

Anênonas Vermelhas ( Anenone Coronaria)


Curiosidade : Voces sabem que passei anos querendo saber o nome desta flor? Amo as Tulipas e achava que era uma especie diferente de Tulipa e de repente me vem o nome deste jeitinho de um "mito" rsrsrs assim sao as coisas amo esta Deusa...então...tá explicado :)

 Faces da Deusa


Venus




O Nascimento de Vênus de Adolphe-William Bouguereau ( 1879)





Afrodite Urania, de Christian Griepenkeri (1839-1916) 
representa o globo terrestre como ideal dos artistas






Afrodite agachada copia romana de escultura helenistica






Aphrodite Kallipygos, copia romana de escultura helenistica de 100 a.c. - 1500 a.c.
 ( Afrodite admira seu proprio traseiro refletido na água)





Afrodite de Cnido. Copia romana de estátua de Praxiteles 
do sec IV a.c.




Vênus Anadiômene, de Ticiano Vecellio (1488-90)






Vênus Verticórdia, de Dante Gabriel Rosseti (1864-68)



Conectando-se com Afrodite 

Deite-se num lugar confortável e Inspire e Expire profundamente até se sentir completamente relaxada..

Usando a sua imaginação sinta-se em um jardim cheio de rosas e orquídeas, douradas pelo pôr-do-sol, cujo perfume é carregado por uma suave brisa primaveril. 

Tal brisa acariciará seu rosto, massageará seus cabelos, e seu corpo. Delicie-se ingenuamente e chame Afrodite. Um movimento sutil no ar anunciará sua presença. Ela lhe estenderá a mão e a convidará para um passeio. Vislumbrará então uma grande floresta, um de seus locais de poder. Neste templo de árvores e pássaros, respire profundamente o cheiro da terra e o perfume das flores selvagens. Escute a música delicada dos pássaros. Afrodite lhe ofertará um presente: uma orquídea. Sinta e incorpore o seu aroma. 

Neste momento uma pomba pousará em seu braço. No olhar deste mágico ser você poderá compreender a beleza misteriosa da deusa Afrodite. Vários pássaros a sua volta cantarão uma linda uma linda melodia. Você deve dançar. Afrodite dançará com você e da floresta surgirão as graças e outras musas que dançarão também com vocês.

Visualize o infinito, pois a partir deste momento você terá em sua vida infinitas possibilidades de ser feliz, sendo você mesma, se assumindo, se aceitando e se amando.

Sinta o encanto, o prazer e a magia de ser você Por onde você pisa, brotam flores de todas as cores. Onde você passar neste mundo, despertará o amor e a beleza e sentirá feliz por ser você e estar viva.

Quando achar que está pronta, abrace a Deusa Afrodite e agradeça os momentos maravilhosos que passaram juntas. Ela lhe conduzirá até a saída da floresta e depois você virá sozinha. Respire profundamente novamente e abra os olhos. Feliz retorno!



Fontes :Wikipedia
La Diosa - Sharukh Husain, 1997
Junito de Souza Brandão, Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega, Vozes, Petrópolis 2000
Dicionário de mitologia grega e romana [1]
Wikipedia (em inglês): Aphrodite [2]
Wikipedia (em inglês): Venus (mythology) [3]
Wikipedia (em inglês): Venus Kallipygos [4]
Wikipedia (em inglês): Crouching Venus [5]





LUZ E HARMONIA


Caillean )0(

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tradições na Bruxaria - Uma "pequena" introduçao



A prática da Antiga Religião, também conhecida como Arte dos Sábios, é um culto honesto e socialmente positivo, o que lhe concede o direito de merecer o interesse público.
Hans Holzer


Vale salientar que o texto abaixo foi tirado de varios livros. blogs e sites, é somente um resumo de cada tradição, depois vamos tentar conhece-las, se possível desmembrar mais cada uma, acrescentando as novas pois muitos são os panteões com suas Deusas e seus Deuses cada um um universo bastante diversificado.

Definição


Tradição, literalmente transmissão (latim: traditio, tradere = entregar).


Em grego, na acepção religiosa do termo, a expressão é paradosis (παραδοσις).

Tradição mais precisamente é uma transmissão oral de lendas ou narrativas ou de valores espirituais de geração em geração. Uma crença de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações. Uma recordação, memória ou costume.

Conhecimento ou prática proveniente da transmissão oral ou de hábitos inveterados.

A tradição e sua presença na sociedade baseiam-se em dois pressupostos antropológicos:


a) as pessoas são mortais;


b) a necessidade de haver um nexo de conhecimento entre as gerações.

Tem-se por tradição no sentido amplo tudo aquilo que uma geração herda das suas precedentes e lega às seguintes.

Os aspectos específicos da tradição devem ser vistos em seus contextos próprios: tradição cultural, tradição religiosa, tradição familiar e outras formas de perenizar conceitos, experiências e práticas entre as gerações.

No campo religioso é onde mais se aplica este conceito. A tradição toma feições mais peculiares em cada crença. Pode-se destacar a presença da tradição nos grandes grupos religiosos: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo.

Resumindo,Tradição "é um método específico de ação, atitude ou ensinamentos que são passados de geração para geração”.



Falar sobre Tradição não é um assunto simples dentro da Bruxaria.


Por exemplo, na Wicca consiste em um conjunto de rituais, ética, instrumentos e crenças que são passados para os iniciados de um determinado coven.

Ela mesma é subdividida em diversas Tradições, cada uma com sua própria estrutura, rituais e mitos próprios passados de praticante para praticante.
Mas todas elas seguem um mesmo princípio:

A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais ligados à Lua e ao Sol, os Sabaths e Esbaths.
O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa.
A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos construtivos, nunca destrutivos.
O proselitismo é tido como inadmissível.

Modificada de uma Tradição para outra, a filosofia, os ritos, as concepções são diversas e diferentes e isso acontece, às vezes, dentro de uma mesma linha. Com uma certa freqüência, algumas Tradições não reconhecem um iniciado em outra, o que faz com que muitos praticantes da Bruxaria se iniciem em mais de uma Tradição distinta.

Existem alguns pontos divergentes entre as diversas Tradições, como por exemplo, o Livro das Sombras.
Cada uma possui seu próprio onde são descritos seus Ritos sagrados e as idéias sobre a Divindade.

Em alguns casos é comum os integrantes de uma Tradição afirmar que o seu Livro é o único descendente do primeiro Livro das Sombras redigido.

Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia.

Algumas são extremamente hierárquicas, enquanto em outras a hierarquia é inadmissível e tida como tabu.

Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros a praticarem Bruxaria sozinhos, enquanto em outras é terminantemente proibido a prática mágica de qualquer tipo fora do Coven e sem a supervisão do Alto Sacerdote ou da Alta Sacerdotisa.

Devido à grande quantidade de tradições existentes, e da pouca ou nenhuma informação disponível sobre elas, torna-se difícil escolher uma definida.


ALGUMAS TRADIÇÕES BASTANTE RESUMIDAS MAS QUE JA PODEM AUXILIAR AQUELES QUE ESTÃO PROCURANDO POR UMA ESPECIFICA OU APENAS TEM CURIOSIDADE EM CONHECER:


Por necessidade, estas definições são gerais, pois cada Bruxo mesmo que faça parte de uma Tradição específica poderia definir seu caminho como sendo diferente.

Tradição 1734:

 A tradição 1734 de Wiccan foi desenvolvida por Robert Cochrane, um poeta britânico e o filósofo. Procurou restaurar a "Antiga Religião"
A tradição 1734 é desenvolvida fora de uma série da correspondência entre Robert Cochrane e Joseph Wilson, um americano.
A tradição 1734 não há nenhuma estrutura hierárquica oficial. Focaliza na meditação.
A tradição 1734 usa um arranjo diferente da colocação dos elementos e de seus rituais do que a maioria de tradição de Wiccan.
Tipicamente britânica é às vezes uma Tradição eclética baseado nas idéias do poeta Robert Cochrane, um auto-intitulado Bruxo hereditário que se suicidou através da ingestão de uma grande quantidade de beladona. 1734 é usado como um criptograma (caracteres secretos) para o nome da Deusa honrada nesta tradição.

Tradição Alexandrina: 


Uma Tradição popular que começou ao redor da Inglaterra em 1960 e foi fundada por Alex Sanders. A Tradição Alexandrina é muito semelhante a Gardneriana com algumas mudanças menores e emendas. Esta Tradição trabalha à maneira de Alex e Maxine Sanders, que diziam terem sido iniciados por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e embasados na Magia cerimonial. É também uma tradição polarizada, onde a Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus da Morte/Ressurreição. Como na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada à autoridade máxima. Entretanto, os precursores para ambas Tradições foram homens. Embora similar a Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência do nudismo ritual, são opcionais.

Alex Sanders intitulou-se a certa altura “Rei das Bruxas”, considerando que o grande número de pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o levaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando não de repúdio. Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição Alexandrina em suas publicações.

Tradicional Britânica:


Uma Tradição com uma forte estrutura hierárquica e graus. Os Rituais estão centrados na Tradição Céltica e Gardneriana.
Wicca Céltica: Uma Tradição muito telúrica, com enfoques na natureza, os elementos e elementais, algumas vezes fadas, plantas, etc. Muitas “Bruxas Verdes” (Green Witches) e Adeptos do Druidismo seguem este caminho, centrado no panteão Céltico antigo e em seus Deuses e Deusas.

Tradição Caledoniana ou Caledonni

: Uma tradição que tenta preservar os antigos festivais dos escoceses e às vezes é chamada de Tradição Hecatina.



Tradição Picta:

 É uma das manifestações da Bruxaria tipicamente escocesa. Na maioria das vezes é uma forma solitária da Arte. Seu enfoque prático é basicamente mágico e possui poucos elementos religiosos e filosóficos.


Bruxaria Cerimonial: 


Usa a Magia cerimonial para atingir uma conexão mais forte com as divindade e perceber seus propósitos mais altos e suas habilidades. Seus Rituais são freqüentemente derivações da Magia Cabalística e Magia Egípcia. 

Tradição Dianica: 


Algumas Bruxas Diânicas só enfocam seus culto na Deusa, são muito politicamente ativos, e feministas. Outras simplesmente enfocam seu culto na Deusa como uma forma de compensar os muitos anos de domínio Patriarcal na Terra. Algumas usam este título para denotar que são “as Filhas de Diana”, a Deusa protetora delas. Há Bruxas Diânicas que são tudo isto, algumas que não são nada disto, e outras que são um misto disto. A Arte Diânica possui duas filiais distintas: Uma filial, fundada no Texas por Morgan McFarland que dá a supremacia à Deusa em sua thealogy, mas honra o Deus Cornífero como seu Consorte Amado e abençoado. Os membros dos Covens dividem-se entre homens e mulheres. Esta filial é chamada às vezes “Old Dianic” (Velha Diânica), e há alguns Covens descendentes desta Tradição, especialmente no Texas. Outros Covens, similares na thealogy, mas que não descendem diretamente da linha de McFarland, e que estão espalhados por todo EUA.
A outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Feminista Diânica, focaliza exclusivamente a Deusa e somente mulheres participam de seus Covens e grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são hierárquicos, usando a criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente um grupo feministas. Há uma presença lésbica forte no movimento, embora a maioria de Covens estejam abertos a mulheres de todas as orientações.

Tradição Georgina


Esta Tradição foi criada por George Patterson, que se auto intitulou como sendo um “Sumo Sacerdote Georgino”. Quando começou o seu próprio Coven, chamou-o de Georgino, já que seu prenome era George. Se há uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George, seria “Eclética”. A Tradição Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e tradicionais. Mesmo que a maior parte do material fornecido aos estudantes sejam Alexandrinos, nunca houve um imperativo para seguir cegamente seu conteúdo. Os boletins de noticias publicados pelo fundador da Tradição estavam sempre cheio de contribuições dos povos de muitas outras Tradições. Parece que a intenção do Sr. Patterson era fornecer uma visão abrangente aos seus discípulos.




Ecletismo:


Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições ou fontes. Assim Como no caldeirão de uma Bruxa, são somados elementos para completar a poção que é preparada, assim também são somadas várias informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar. Esta "Tradição" que realmente não é uma Tradição é flexível. Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre.

Tradição das Fadas ou Fairy Wicca: 


Há várias facções da Tradição das Fadas. Segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas devido às guerras e invasões ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas. 


Uma Bruxa desta Tradição poderia ser ou trabalhar com energias da natureza e espíritos da natureza, também conhecidos como fadas, Duendes, etc. Alguns dos nomes mais famosos desta Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom Delong (Gwydion Penderwyn), Starhawk, etc. .
Os seus Precursores são Victor Anderson - nasceu em 1917 e dizia-se descendente de Havaianos e Africanos. Ele foi iniciado no Coven Harpy, em Bend, Oregon, ainda em sua adolescência. O Coven Harpy era um Coven da Fairy Tradition (Tradição das Fadas), que se distinguia muito dos Círculos Gardnerianos e Neo-Pagãos vigentes até então. O Coven Harpy se dissolveu na época da segunda guerra mundial. Victor Anderson casou-se com Cora em 1944 e juntos começaram a introduzir outros conhecimentos e práticas, inclusive materiais das Tradições Gardneriana a Alexandrina, à Tradição das Fadas e resultou no que mais tarde passou a ser chamada de Fairy Wicca ou Feri Faith. Em 1960, Victor e Cora conheceram Gwydion Pendderwen que se tornou um dos mais renomados iniciados do casal Anderson. Gwydion espalhou os conhecimentos da Fairy Wicca na comunidade Neo-Pagã dos anos 70 até meados de 80. Infelizmente Gwydion morreu em um acidente de automóvel em 1981, mas deixou belos cânticos e invocações utilizadas até hoje na liturgia da Tradição. Abaixo dois textos tradicionais da Fairy Wicca, um escrito por Gwydion e outro por Victor Anderson:

O Nome
Por Gwydion Pendderwen

“Ela é a uivadora dos muitos ventos”.
Seu nome é as cinco estações do ano.
Amante do primeiro Senhor
Mãe de dúzias de Deuses que andam pelos caminhos estrelados
Irmã e Esposa do Portador da Luz
Mulher Ela é, de nobre poder da paixão
Branca e azul ao mesmo tempo e ainda o Arco-íris,
Negra como o nulo sonho escuro “ ”.

Bênçãos
Por Victor Anderson - do livro "Espinhos da Rosa de Sangue" editado em 1970


“Tu de todos os sagrados, ultrajados e sábios nomes”.
Mãe de rameiras e iniqüidades,
Que suporta o fiel na destruição e chamas,
Confessando ações vis e blasfêmias.
Pela Terra, Seu corpo fértil, Abençoada Seja.
E pelas Águas Viventes do Seu útero,
Pelo Ar, Seu sopro que se move no mar,
Pelo chamado de vida da grama verde da tumba,
Pelo Fogo, Seu Espírito,
Abençoada Seja com poder!
As Crianças de Seu Amor nascem entre a destruição
Possa haver Luz e clareza nas horas negras
Brilhe Lua Branca, Cresça nos caminhos
De cada um , eterno caminho apaixonado.
Abençoe e ilumine a todos,
Evo-he ““.



História da Tradição

A Fairy Wicca ou Tradição das Fadas tem em comum com as outras vertentes da Arte uma tradição linear de mistérios e poder. Seus membros acreditam na comunicação direta com a Divindade. Isto é um contraste com algumas outras Tradições que praticam o psicodrama ritual em larga escala. Entre as características que mais distingue a Fairy Wicca está o uso do Poder das fadas, que caracteriza a linhagem desta vertente Wiccana, pois segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas, devido às guerras e invasões, ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas.


Nesta Tradição é dada uma forte ênfase à expansão da consciência. É uma Tradição voltada à exploração espiritual. Os Fairy Wiccans respeitam profundamente a sabedoria da natureza e tudo o que a envolve. Os Deuses não são vistos como forças psicológicas, arquetípicas ou manifestação do inconsciente coletivo, mas são reais, com um sistema de moralidade diferente do nosso próprio e nós teríamos responsabilidade com cada um deles. Há um corpo específico de cantos e material litúrgico da Tradição. Muito disto se originou com Victor Anderson e Gwydion Pendderwen que forneceram um arsenal para muitos Círculos em funcionamento, cuja criatividade poética é altamente estimada. As práticas mágicas da Fairy Wicca (ou Feri, como Victor chama) são altamente invocatórias, encorajam a manifestação direta dos Deuses através de práticas como "Puxar a Lua Para Baixo", que confere talentos psíquicos ou sensibilidade especial para algumas práticas específicas.


Os Ritos da Fairy Wicca possuem diversos estilos e podem ser tirados de muitas fontes. Há uma linhagem iniciatória traçada desde Victor e Cora Anderson e Gwydion Pendderwen. As energias trabalhadas nesta Tradição incluem:
- a visualização do fogo azul;
- um corpo de material poético e litúrgico;
- Deuses e arquétipos específico da Tradição;
- a doutrina dos Três Selfs;
- o uso de um cíngulo de cor específica;
- um sentido de "tribo" ou "clã” para o Coven;
- a veneração ao Deus Cornífero como o Filho Amado e Consorte da Deusa.

Hoje existem várias facções da Tradição das Fadas, mas podemos apontar como característica inerente à maioria dos praticantes dela o uso dos espíritos da natureza, conhecidos como Fadas, Duendes, Gnomos, etc. em seus rituais. Embora o Victor Anderson seja reconhecido mundialmente como o professor-fundador desta Tradição, é possível identificar influências que formaram a Fairy Wicca antes de sua forma presente evoluir para ser o que é hoje.


Há influência de uma dispora africana muito forte, principalmente Dahomeana, e a Teoria do 3 Selfs (Selves-em inglês correto) foi trazida da Magia Kahuna. O material de Victor não é a única fonte dentro da Tradição e existem inúmeros outros.
A Fairy Wicca é uma Tradição extremamente aberta à evolução e cada iniciado traz uma direção nova às suas práticas e rituais. Alguns praticantes, como Gwydion e Eldri Littlewolf, enredaram em caminhos Xamânicos, além de trabalharem extensivamente com a Religião Céltica. Outras influências (como a Meditação Tibetana e Magia Cerimonial) começaram a fazer parte da Tradição com Gabriel Caradoc. Victor, Gwydion, Caradoc, Brian Dragon e Paladin escreveram lindas poesias e liturgias para rituais que são utilizadas até hoje pelos praticantes da Fairy Wicca em todo o mundo. As aulas de Gabriel forneceram treinamentos excelentes na liturgia da Tradição e seus estudantes continuam a transmitir seus ensinamentos. Francesca De Grandis, que compôs Sharon Knight, adicionou sua inspiração para o corpo de material litúrgico da Tradição e Starhawk usou os conceitos desenvolvidos na Fairy Wicca, expressando suas convicções e práticas, mas fornecendo explicações mais claras sobre o conceito dos 3 selfs e uso do Pentáculo de Ferro.

O Conceito do Self e os Pentáculos

Na Fairy Wicca, o conhecimento humano é dividido em 3 Selfs, Eus ou almas, como também são chamados. Eles são:
- Self Jovem;
- Self Discursivo;
- Self Profundo.

Os 3 Selfs podem nos ajudar a compreender como somos, como funcionamos e integrar as várias partes do nosso ser. O Self é o Eu, a individualidade e a identidade de cada ser humano. Cada pessoa utiliza mais um tipo de Self que o outro e, segundo a Fairy Wicca, é isso que a caracteriza cada um de nós. Além disso, podem ser muito úteis na hora de manipular a energia nos trabalhos mágicos. Abaixo uma pequena correspondência dos 3 Selfs:

Self Jovem: representa a mente inconsciente, ao hemisfério direito do cérebro. Nos comunicamos com ele através de símbolos, imagens e sensações. É ele que nos impulsiona a seguir em direção de nossos sonhos mais recontidos e a arriscar. Está associado à energia elemental do corpo (Raith), já que é através dele que recebemos energia e vitalidade. O Self Jovem percebe o fluxo das energias e se comunica sem a necessidade de palavras. Ele trabalha com o mundo das puras sensações que podem ser visuais ou auditivas. O Self Jovem contém toda a memória das experiências passadas, que emergem através dos instintos. No corpo humano, sua força está concentrada no Chakra Básico. Sua energia é gerada através da água e ar puros, exercícios físicos, sexo e através do transe.

Self Discursivo: representa a mente consciente, o hemisfério esquerdo do cérebro. É ele que organiza o que é concebido pelo Self Jovem. Ele funciona através da análise. É com ele que julgamos, inquerimos, culpamos e nos deixamos culpar. É ele que forma a realidade escondida por trás das aparências, racionaliza e define as experiências sensoriais. Aqui se encontra presente os nossos instintos sociais e necessidades. No corpo humano sua força está concentrada no Chakra Cardíaco. Sua energia é gerada através da combinação da energia de todos os seres.


Self Profundo: é o Divino que existe dentro de cada um de nós e não há referências psicológicas para explicá-lo. O Self profundo representa o espírito, a essência, que existe além do matéria, espaço e tempo. Ele é a junção das polaridades. Ele é o espírito que nos impulsiona e guia. Está associado diretamente ao Self Jovem e indiretamente ao Discursivo. É através dele que estabelecemos conexão com o Divino e a possibilidade de conhecer o passado, presente e futuro. A sua força está concentrada em nossa aura e no nosso Chakra Coronário. Sua energia é gerada pelo Universo e ritos sagrados.

O Pentáculo de Ferro:

O Pentáculo de Ferro é um dos principais símbolos, utilizados na Tradição das Fadas, para possibilitar que cada pessoa trabalhe suas habilidade mágicas. Através dele aprendemos a dar forma às energias, transformar-se e explorar os 5 pontos do nosso Pentáculo interno:
- Sexo: que é a energia Primal;
- Self: o nosso Eu;
- Paixão: as emoções;
- Orgulho: A auto-estima;
- Poder: O poder interior.
Cada um desses pontos está associado a uma ponta do Pentagrama e o intuito de trabalhar com o Pentáculo de Ferro é fazer com que as 5 pontas estejam em perfeito equilíbrio e harmonia. O Pentáculo de Ferro é apenas uma das 3 formas principais de desenvolver e fortalecer o poder em cada pessoa segundo esta Tradição. Além dele existem mais outras duas que são consideradas essenciais:

O Pentáculo de Pérola:

Que possui as pontas do amor, sabedoria, conhecimento, lei e poder.

O Pentáculo de Chumbo:

Que possui as pontas do nascimento, Iniciação, consumação, repouso e morte


Tradição Gardneriana: 

Fundada por Gerald Gardner nos anos de 1950 na Inglaterra. Esta tradição contribuiu muito para Arte ser o que é hoje. A estrutura de muitos rituais e trabalhos mágicos em numerosas tradições são originárias do trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitos pelo próprio Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas têm que ainda serem verificadas (e em alguns casos são fortemente contestadas), porém, esta Tradição apoiou muitas Bruxas modernas. Gerald B. Gardner é considerado "o avô" de toda a Neo-Wicca. Foi iniciado em um Coven de Newforest, na Inglaterra em 1939. Em 1951 a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi banida (primeiramente devido à pressão de Espiritualistas) e Gardner publicou o famoso livro ”Witchcraft Today”, trazendo uma versão dos rituais e as tradições do Coven pelo qual foi iniciado.
Gardnerianismo é uma tradição extremamente hierárquica. A Sacerdotisa e o Sacerdote governam o Coven, e os princípios do amor e da confiança presidem. Os praticantes desta Tradição trabalham "Vestidos de Céu" (nus), além de manterem o esquema de Seita Secreta. Nos EUA e Inglaterra os Gardnerianos são chamados de "Snobs of the Craft" (Snobes da Arte), pois muitos deles acreditam que são os únicos descendentes diretos do Paganismo purista.Cada Coven Gardneriano é autônomo e é dirigido por uma Sacerdotisa, com a ajuda do Sacerdote, Senhores dos Quadrantes, Mensageiro, etc. Isto mantém o linhagem e cria um número de líderes e de professores experientes para o treinamento dos Iniciandos. A Bíblia Completa das Bruxas (The Witches Bible Complete) escrita por Janet e Stuart Farrar, como também muitos livros escritos por Doreen Valiente têm base nesta Tradição e na Tradição Alexandrina em muitos aspectos.

Tradição Hecatina: 


Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e tentam reconstruir e modernizar os rituais antigos da adoração a esta Deusa. É algumas vezes chamadas de Tradição Caledoniana ou Caledonii.

Bruxo Hereditário ou Tradição Familiar: 


Um Bruxo que normalmente foi treinado por um ente familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro Bruxo ou Bruxos. Os Bruxos Hereditários são pessoas que têm, ou supõem ter, uma ascendência Pagã (mãe, tia e avó são os alvos mais visados). A maioria dos Hereditários não aceitam a infiltração de outras pessoas fora de sua dinastia, porém algumas Tradições Familiares “adotam” alguns membros, escolhidos “a dedo” em seu segmento.

Bruxa de Cozinha: 

Uma Bruxa prática que é freqüentemente eclética enfoca e centra sua magia e espiritualidade ao redor do “forno e do lar”, das ervas medicinais, das poções mágicas.

Seax-Wicca ou Wicca Saxônica: 


Fundada em 1973, pelo autor prolífico, Raymond Buckland que era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das primeiras tradições precursoras em Bruxos solitários e o auto-iniciados. Estes dois aspectos fizeram dela um caminho popular.

Bruxo Solitário: 

Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às festividades de Sabbat em um Coven ou com outros Bruxos Solitários ocasionalmente). Um Bruxo Solitário pode seguir quaisquer das Tradições, ou nenhuma delas. A maioria de Bruxos ecléticos são Solitários.

Tradição Strega: 

Começou ao redor na Itália em 1353. A história controversa sobre esta Tradição pode ser achada em muitos locais e em muitos livros. Aradia ...Gospell of the Witches (Aradia...A Doutrina das Bruxas) é um deles.

Tradição Teutônica ou Nórdica: 


Teutônicos são um grupo de pessoas que falam o norueguês, fosso, islandês, sueco, o inglês e outros dialetos europeus que são considerados “idiomas Germânicos”. Um Bruxo teutônico acha freqüentemente inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas das áreas onde estes dialetos se originaram.

Tradição Asatrú: 

Teve suas origens no Norte da Europa e é uma das facções das Tradições Teutônica e Nórdica. Esta Tradição é praticada hoje por aqueles que sentem uma ligação com os nórdicos e teutônicos e que desejam estudar a filosofia e religiosidade da antiga Escandinávia, através dos Eddas e Runas. Encoraja um senso de responsabilidade e crescimento espiritual, freqüentemente embasados nos conceitos atribuídos aos nobres guerreiros de tempos ancestrais.

Tradição Algard:

Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e Alexandrina, chamada Mary Nesnick, fundou essa "nova" tradição que reúne ensinamentos de ambas tradições sob uma única insígnia.

Bruxaria Tradicional: 

Todo Bruxo tradicional dará uma definição diferente para este termo. Um Bruxo tradicional é aquele que freqüentemente prefere o título de Bruxo a Wiccano e define os dois como caminhos muito diferentes. Um Bruxo tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos históricos da tradição, religiosidade e geografia de seu país.

Tradição Galesa de Gwyddonaid:

Uma Tradição Galesa Céltica da Wicca, que adora o panteão galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid foi quem grosseiramente traduziu a ignóbil obra galesa "Árvore da Bruxa (Tree Witch)" e propagou esta forma de trabalhar magicamente.




Resumo das Tradiçoes


Veja resumo por datas abaixo, respectivamente pela ordem: Ano de Fundação / Nome da Tradição e/ou Fundador.

1951 Gerald Gardner e seu Coven
1953 Tradição Traditionalist (Cochrane) Witchcraft
1954 Tradição Rhean.
1955 Tradição Boread.
1957 Tradição 'Brighton Coven Craft’
1963 Tradição Alexandrian Witchcraft
1964 Tradição 1734
1965 Tradição 'Sara Cunningham's Family’
1966 Tradição The Regency
1968 Tradição Ordem da Silver Crescent
1968 Ordem Majestic / Tradição Majestic.
1968 Tradição Church and School of Wicca.
1967 Tradição Alexandrian Witchcraft (Ramo Alemão)
1969 Tradição American / Mohsian
1970 Tradição Alexandrian Witchcraft (U.S.A.)
1970 Tradição Dianic (MacFarland) Witchcraft de Wicca Feminista
1970 Tradição Pagan Way Witchcraft
1970 Tradição American Celtic (Sheban)
1970 Tradição Sisterhood and Brotherhood of Wicca
1970 Tradição Du Bandia Grasail Line
1970 Tradição Church of the Eternal Source
1970 Tradição Sicilian Witchcraft (na América)
1972 Tradição Keepers of the Ancient Mysteries
1972 Tradição Seax-Wicca
1973 Tradição Kingstone
1973 Tradição Americana da Assembly of Wiccan
1973 Tradição Open Goddess Tradition
1973 Tradição Druidic Craft of the Wise
1974 Tradição Dianic Feminist Witchcraft
1974 Tradição Isian
1974 Tradição Western Isian
1974 Tradição Algard Witchcraft
1974 Tradição American Traditional Witchcraft
1975 Tradição Blue Star Witchcraft
1975 Tradição Minoan Brotherhood
1975 Tradição Maidenhill Tradition
1975 Tradição Ganymede/Chthonioi branch
1975 Tradição Gardnerian-Eclectic Witchcraft
1975 Tradição Halifax
1975 Tradição Ravenwood
1976 Tradição Cerridwen
1976 Tradição Glainn Sidhr Witchcraft
1976 Tradição 'The Tradition'
1976 Tradição The Roebuck / Ancient Celtic Church
1977 Tradição Temple of Danann
1978 Tradição Hyperborean
1978 Tradição Celtic Wicca (Nossa Senhora do Encantamento)
1979 Tradição Odyssian Tradition (Wiccan Church of Canada)
1980 Tradição Unicorn
1980 Tradição Minnesota Church of Wicca
1980 Tradição Celtic Traditionalist (Fox woods) Witchcraft
1982 Tradição Minoan Sisterhood
1982 Tradição Alexandrian Witchcraft (Irlanda)
1983 Tradição Aquarian Tabernacle
1984 Tradição Communitarian Witchcraft / Wicca Communitas
1983 Tradição Windblown
1985 Tradição New Albion
1985 Tradição Pagans for Peac
1985 Tradição Pagan Way Witchcraft
1985 Tradição Caledonii Tradition
1986 Tradição do NFG branch
1986 Tradição Rainbow Wheel
1986 Tradição North wind
1986 Tradição Sacred Grove
1987 Star Kindler
1987 Tradição Star Kindler
1990 Tradição Eleusinian Tradition
1990 Tradição Blackring Witchcraft
1990 Tradição Serpentstone
1990 Tradição Star Sapphiran
1990 Tradição Crystal Moon
1990 Tradição Chthonian Tradition
1990 Tradição Ceili Sidhe
1991 Tradição Protean
1991 Tradição Neo-Alexandrian Witchcraft (Canadá)
1991 Tradição Black Forest
1991 Tradição Protean
1991 Tradição Califórnia Gardnerian (CalGard) Witchcraft
1992 Tradição Tuatha De Danann Tradition
1993 Tradição Daoine Coire
1994 Tradição Cornfield Tradition
1996 Tradição Aglaian
1996 Tradição Reformada
1996 Tradição Oldenwilde Traditional Witchcraft
1997 Tradição Knight Phases
1997 Prytani Tradition (Clan Ragan)
1997 Tradição Morganan Tradition
1997 Tradição Elemental Spirit
1977 Tradição Brighton Traditional Craft
1997 Tradição Dragon's Weave
1998 Tradição Earthwise
1998 Tradição Evergreen Tradition.


Bem e estamos em 2013 então vale lembrar que hoje em dia existem muitas ramificaçoes das tradiçoes acima listadas, bem como novas tradiçoes que assim que pesquisar mais um pouco colocarei aqui.


LUZ E HARMONIA

Caillean )0(


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